A radiação espalhada, causada por fótons desviados de suas trajetórias ideais, é um outro ponto que pode constituir um problema no processamento
de imagens. Por apresentar uma característica randômica, não é possível prever o seu efeito. Por isso, uma das possibilidades é que cause ruídos e redução
do contraste na imagem, de acordo com Wilks(1987) e Curry III et al. (1990). Um dos tipos de espalhamento mais citados na literatura é o efeito Compton,
onde parte da energia do fóton é absorvida pela matéria e outra parte permanece no próprio fóton. Ocorrendo o desvio deste fóton em uma direção inesperada,
seu efeito pode ser desde ruídos e diminuição do contraste da imagem (Jackson etal.,1993) até aumento da dose no paciente.
O efeito da radiação espalhada pode ser diminuído com a utilização de grades(Scaff, 1979), que consistem em peças compostas por uma série de faixas de chumbo
separadas por espaços. Acopladas ao sistema, o seu funcionamento ideal deveria permitir a absorção da radiação espalhada sem absorver a radiação primária e,
então, proporcionar o máximo contraste no filme sem aumentar a exposição do paciente. No processamento de imagens, a forma de superar o efeito da radiação
espalhada é estabelecer procedimentos que removam ruídos e aumentem o contraste da imagem, como a limiarização e filtros que suprimam os sinais de alta freqüência.
No entanto, estes procedimentos devem ser cuidadosos, visto que alguns componentes de alta freqüência podem constituir estruturas de interesse em um diagnóstico.